Fanfic Cephei Capitulo 05 - Pesadelos e Traumas
Fanfic Cephei Capitulo 05 – Pesadelos e
traumas
“... Abri os
olhos e não estava mais no quarto e nem na rua. O lugar era grande e
completamente branco. Uma moça se aproximou e me olhou sorrindo, senti uma
fisgada no braço, provavelmente uma injeção e depois ela saiu.
Sentei
com dificuldade e vi que estava em um quarto de hospital. Havia um quadro
grande com uma foto de uma Happiny pedindo silencio.
Vi
que estava tomando soro. Senti uma pontada na cabeça, estava com uma faixa.
A
porta foi aberta de uma vez causando um estrondo descomunal e eu pulei na cama
do hospital sentindo fisgar a agulha que me fornecia o soro.
O
homem entrou sujo e desengonçado olhando para mim enquanto enfermeiras,
enfermeiros, Chansey’s e Audino’s o seguravam em vão.
- Igor... – Ele me olhava
com os olhos cheios de água – Me perdoe menino... Me perdoe...
- Por favor, você tem que
sair daqui! – Disse uma enfermeira magricela que seria incapaz de tirar do chão
até um Roggenrola, imagina esse brutamontes.
- Eu não queria... – Ele
fungava, limpava o nariz e em seguida as lágrimas que escorriam pelo seu rosto.
- O senhor esta bêbado, por
favor, se retire! – O enfermeiro (tão magro quanto à enfermeira) o puxava,
também em vão.
Ele
caiu no chão e soluçava.
- Que bom pequeno... Que
bom que você não estava em casa quando tudo aconteceu...
Ele
levantou os olhos lentamente e o globo ocular estava vermelho. O lugar
escureceu e eu estava sentado novamente no abismo escuro e sem luz.”
Abri os olhos e novamente, estava na cama, mas dessa
vez, todos estavam ao meu lado, cochichando, preocupados.
- O que aconteceu? – Perguntei, confuso.
- Você desmaiou novamente Igor – Sandra estava na ponta da cama,
preocupada.
- Eu disse que aviões são perigosos, ele deve estar com algum trauma
aéreo ou pegou alguma doença que dá no ar rarefeito – Pedro andava de um lado
para o outro no quarto.
- Cale a boca! – Sandra não tinha a menor paciência com ele.
- Podemos estudar por aqui – Disse a menina pequena olhando para mim
– Assim que estiver melhor podemos sair, o quê acha?
Fiz que sim, ainda tonto.
- Então acho que todos devem tomar as suas posições! – O homem que
possuía o Mew se manifestou e todos saíram do quarto, menos Sandra e a menina.
Ela se ajeitou do meu lado na cama. Era impressionante
o tamanho da menina e já ser uma portadora.
- Sou a Angela – Ela inclinou a cabeça.
- Me chamo Igor...
- Eu sei bobão – Ela riu baixinho – Não pense que porque sou criança
não entendo das coisas.
Sandra cruzou os braços, estava com um belo sorriso no
rosto.
- Eu quero ajudar, mas não sou boa em nada... Gosto de ler um pouco
e entender as coisas, por isso acho que posso te ajudar – Ela respirou fundo –
E acho que somos só nós dois, pois ninguém quis estudar também.
Sandra riu baixinho.
- Já decidiram a função de cada um? – Perguntei, curioso.
- Sim – Sandra respondeu rápido – Vou partir amanhã.
Vi o desânimo em sua face.
- Entendo... Bom... – Levantei um pouco tonto – Também tem que ter
alguém aqui para recepcionar os demais portadores que chegarem.
- E para proteger esse lugar – Disse Angela – Não se preocupe, vai
ter alguns que ficarão para manter a guarda, isso não é responsabilidade nossa.
Nossa, muito esperta para uma menina pequena não
acham?
- Licença – Sandra saiu
deixando a porta entreaberta.
Angela me olhava, com o sorriso de uma criança que não
fazia ideia do que iria enfrentar.
- Você acha mesmo que são ruins? – Ela cruzou as pernas
- Acho o que?
Ela riu baixinho.
- Como você é bobo, pergunto se acha mesmo que existam lendários
ruins... Mamãe disse que são apenas lendas, então porque iria acontecer?
- Muitas lendas são reais Angela.
- Você é um estudioso né Igor? – O olhar dela era tão inocente,
fazendo perguntas tão complexas.
- Sim, eu sou!
- Me surpreende você acreditar nisso... Eu particularmente acho que
algo muito importante esta para acontecer – Ela deu uma pausa e mexeu no cabelo
– Se o apocalipse ocorrerá em um Cephei, porque ainda não ocorreu?
- Não sei, eu acho que...
- Igor, você é muito bobão – Ela riu como se eu tivesse contato a
piada mais engraçada do mundo – Rayquaza quer me ensinar algo e não para lutar
com ninguém, tenho certeza disso.
É um questionamento plausível.
- E os Pokémon adormecidos? Porque eles ressurgiriam?
- Com o mesmo propósito no qual eu tenho um Rayquaza dentro da minha
Heal Ball... Sabe porque escolhi a Heal ball?
- Não, por quê?
- Porque é rosa, dãaar – E caiu da cama, rindo sozinha.
Sorri sem jeito, era esperta, mas mesmo assim, ainda
era uma criança.
- Venha, quero te mostrar uma
coisa – Ela me pegou pela mão e corremos pelos corredores.
Eu me sentia muito bem e nem sabia o porquê.
- Explorei o lugar inteiro –
Ela me indicava – Aqui atrás tem uns campos de treinamento, o que não gosto
muito – Ela mostrou que além da Heal Ball em sua cintura, havia outras duas,
uma Premier Ball e uma Pokeball – Mas aqui, é onde gosto mais! – Ela abriu uma
porta e eu só via escuridão.
Ela procurou uma luz de emergência e uma lâmpada
antiga e amarelada se ascendeu.
Havia incontáveis quadros e neles, fotos de pessoas ao
lado de seus lendários. Quando mais fundo íamos, mais antiga era a foto. Havia
fotos preto e branco lá no fim, retratos pintados.
- Vem, vem – Ela me puxou pela mão e me levou até uma imagem de um
garoto, muito pequeno, sentado ao lado do Rayquaza. No fim, havia um retrato
pintado com tinta óleo de uma menina, com roupas de época, um babado na saia e
um laço na cabeça, ao lado do Rayquaza – Viu, ele sempre escolhe crianças, viu?
Viu?
Eu estava estupefato... Sim, era essa a palavra.
Eu comecei a olhar bem as pessoas e procurar algum
sentido. Mew sempre escolhia homens e todos eles muito responsáveis, apesar
dele ser brincalhão. Em uma foto ele estava com um policial e em outra, com
algum tipo de soldado.
Raikou variava, não dava para conseguir ter uma lógica
das suas escolhas, a não ser que fossem jovens com cara de esportistas.
- Quero te mostrar duas coisas – Ela me puxou pelo braço – Aqui,
olha, olha!
Era a foto de um rapaz com o Regigigas do lado. ESPERE
UM POUCO, o que essa foto faz aqui?
- Entende porque acho que tem muita coisa estranha? Eu queria
entender, mas sei que um dia tudo fará sentido! – Ela sorriu.
Eu fiquei em choque e refletindo por alguns instantes
até voltar ao planeta no qual habito.
- Você disse que eram duas coisas...
- Ah é mesmo! – E me puxou novamente pelo corredor e me deparei com
o maior quadro do local, no fim da sala. Era um retrato colorido, uma foto,
antiga, amarelada no qual havia um rapaz, sorrindo, sentado junto com Arceus.
Era a única imagem que Arceus aparecia. Será que ele
tinha apenas um escolhido? Analisei bem a foto, devo ter ficado muito tempo ali
parado, vendo a imagem que na minha cabeça soava “inacreditável!”.
- Então?
Tomei um susto!
- Então o quê? – Me virei para ela, mas continuava olhando os retratos.
- Acha mesmo que o Cephei é a luta de lendários?
- Não sei de mais nada!
- Então acho que o nosso estudo terá outro foco, não acha? – Ela
juntou as mãos e eu quase disse “own”.
Resolvi sair da sala, estava em um momento reflexivo.
Poderia voltar aqui, quando quisesse!
Saímos da sala pelo corredor e vimos o tumulto de
todos pelos corredores.
- O que houve? – Perguntei ao rapaz que possuía o Raikou.
- Kyuren apareceu novamente, esta no noticiário, depois de congelar
Mistralton, ele ainda esta em Unova, mas dessa vez, bem mais perto... Vamos até
lá! – Ele parou para respirar – Ele escolheu um garotinho que não está tendo o
controle do poder que tem... Fiquem aqui, vamos nos falando – E correu sentido
a saída ajeitando suas Pokébolas.
Vi Pedro correndo junto, empolgadíssimo.
- É hoje, é hoje, dói até o estômago de tanta ansiedade... Ow Igor,
até mais – E desapareceu no corredor.
Instantes depois, ficaram apenas eu e Angela, dentro
daquele imenso lugar que chegava a dar eco.
Nos olhamos, sem graça um com o outro, até que puxei
um assunto.
- Vejo que possui duas Pokebolas com você, quem são seus amigos?
Ela sorriu sem graça.
- Uma Hoppip e uma Corsola.
- Hum, legal... – Eu não sabia o que dizer – E seus pais, sabem que
esta aqui e tudo mais?
- Meus pais são treinadores, eu ficava com meus avós, mas disse que
ia para uma excursão com a escola quando o Rayquaza indicava que tinha que vir
para cá.
O assunto com uma menina incrivelmente inteligente que
possuía um Rayquaza era muito esquisito.
Minha vista escureceu novamente. Eu não entendia o que
estava acontecendo. Cai de joelhos, ouvi Angela chamar meu nome e notar que
estava sozinha, comigo ali, desmaiando. Tentei ficar em pé, mas tudo escureceu
de vez e senti minha cabeça impactar com o chão. Senti latejar e logo em
seguida a dormência.
“Eu estava
saindo do hospital. Havia um casal me esperando, mas não eram meus pais e sim,
meus tios. Ele era irmão da minha mãe, o parente mais próximo que eu tinha.
- Aqui esta o garotão – Ele
disse me segurando de lado enquanto minha tia assinava a alta – Reservamos um
quartinho para você, espero que não se incomode, pois fica atrás de casa, seu
primo não aceitou dividirem o quarto.
Eu
ainda estava atordoado com tudo, não dizia nada, mas parecia que ele ouvia
alguma coisa da minha boca.
- Seus pais? Ninguém te
contou? – Ele abriu um sorriso torto – Houve uma explosão, você estava sendo
socorrido pelo rapaz que lhe atropelou quando a casa explodiu, foi sorte não
estar no quintal com seu irmão quando tudo aconteceu.
Ele
parecia não se importar muito, mas minha vista embaçou. Eu estava chorando.
- Bom, vamos, seu primo
esta no carro ansioso para te conhecer!
Eu
não os conhecia, mas já tinha os visto em fotos. Não sabia o que fazer, apenas
os segui, sentindo meu peito doer.
Cheguei
num carro pequeno e meu primo estava sentado lá trás. Ele era mais velho que
eu, quase a idade do meu irmão.
- Esse é seu primo, Thiago!
– Disse minha tia abrindo a porta.
Ele
me olhou de cima em baixo.
- Se cruzar meu caminho,
explodo você!
- Belo jeito de receber seu
primo em casa Thiago – Disse minha tia assumindo a posição do banco de
passageiros.
- Ele é invocado, mas não
faz nada – Balbuciou meu tio lingando o carro.
Eu
olhei meu primo, que cerrou a vista e em seguida, ficou vermelha e tudo
escureceu novamente.”
Quando acordei, Angela me abraçou.
- Quase me matou do coração! – Vi Hoppip ao seu lado – Tive que
tentar qualquer coisa.
Corsola estava a seu lado e eu estava encharcado.
- Nem com um Water Gun você acordou Igor – Ela sentou aliviada –
Você ficou apagado por mais de uma hora – Notei os olhos dela cheios de água –
Eu fiquei apavorada – Mas sequer caiu uma lágrima.
- Estou bem, apenas confuso com esses desmaios – Levantei ainda
tonto – Vamos estudar?
* * *
As quadras de Nimbasa estavam sendo limpas. Iria ter o
jogo de Vôlei feminino, Nimbasa jogaria em casa contra Castelia, o time mais
forte e bem preparado de Unova, sendo Hexa campeão do esporte.
A grande potência do time era a variação de aliadas
que possuía.
A quadra de futebol estava sendo reorganizada devido a
ataque que havia ocorrido, então o foco estava todo no jogo. As redes de
televisão mostravam o time entrando.
Nimbasa entrava com graça com seu uniforme amarelo com
um trovão nas costas. As moças todas elegantes trazendo consigo seus Pokémon
que era uma Flaffly, um Poliwag, um Timburr, um Staravia, uma nidorina e um
Heracross, que era da líder do time.
Castelia chegava com seu uniforme alaranjado com uma
colmeia nas costas. Elas não eram tão bonitas como as integrantes do time de
Nimbasa, mas era nítido que elas estavam bem mais preparadas. Juntos de si,
vinha uma Ninjask, um Electrode, uma Cinccino, uma Roselia, um Nuzleaf e
Accelgor com a líder.
Elas se posicionaram para começar o primeiro Set.
Uma sacou a bola e logo na ponta da rede, Ninjask
surgiu tão rápido acertando a bola direto no campo para marcar um ponto,
Timburr, se jogou no chão e com a madeira que carregava levantou a bola, uma
jogadora se lançou jogando a bola para o outro lado da rede. Cinccino bateu com
o rabo na bola e Nuzleaf impulsionou com Bullet Seed, quando a bola chegou à
ponta, Accelgor se aproximou com uma velocidade incrível para acertar a bola, e
Poliwag já aguardava a bola que provavelmente viria rápido demais, mas ocorreu
uma surpresa, Accegor sumiu tão rápido quanto apareceu e a Lider da equipe de
Castelia surgiu acertando a bola batendo no chão marcando o ponto para o time
de Castelia.
Elas se cumprimentaram e se preparam para a vez delas
de jogar. Uma delas se posicionou e sacou a bola que foi rápido demais, o
Staravia que possuía um laço amarelo no pescoço subiu mais com a bola que caiu
rapidamente, Flaffy se disparou dando um Heatbut na bola que cruzou a rede
velozmente e foi barrada por Electrode que rodopiou fazendo a bola subir, uma
jogadora passou a bola para Roselia que rodopiou arremessando a bola no campo
inimigo, Nidorina segurou o impacto da bola e jogou para o alto, uma jogadora
lançou a bola preparando o ataque, Heracrozz pegou com o chifre e lançou a bola
no campo acertando o solo tão rápido que a pobre Ninjask não conseguiu sequer
alcançar.
Ponto para Nimbasa!
A próxima a sacar era uma bela moça. Ela se ajeitou e
lançou a bola, antes de passar da rede, uma neblina intensa surgiu ocupando o
campo inteiro, em segundos, a neblina sumiu e a bola caiu, totalmente
congelada. As jogadoras retornaram seus Pokémon e se posicionaram no campo
anunciando o alerta. A rede de televisão mostrava uma sombra cobrindo o campo,
era Kyurem e em cima dele, um garoto com um Litwik no ombro.
O Pokémon imenso pousou no campo e ficou ali, sob
olhares assustados. Ele abriu a boca e nesse instante se ouviu gritos. Pessoas
voando com seus Pokémon e outros correndo rapidamente.
Heracross e Accelgor ajudavam as pessoas a saírem.
Kyurem mirou bem em uma moça e antes do Ice
Beam atingi-la, Accelgor a puxou abraçando com seus braços curtos e se
lançando para o outro lado do campo.
- Muito bem Accelgor! – Disse a lider do time de Castelia.
O campo ficou vazio em segundos, alguns bancos
congelados e a grama branca, como neve. O garoto desceu do Pokémon e fez
carinho nele como se tivesse feito algo bom, mas o Pokémon parecia não gostar
disso e bugou.
- Não fique bravo comigo, eu só queria jogar também, mas não deu
certo não foi! – Ele sorriu e fez carinho no Pokémon que deitou.
Ficaram ali por uns vinte minutos. O pequeno garoto
foi no carrinho de pipoca e refrigerante e pegou alguns para comer, estava com
fome.
Um feixe de luz passou rapidamente no campo e Kyurem
resmungou. O garoto olhou lá de cima um raio cruzar o campo e rapidamente
parou. Era Raikou e em cima dele, um rapaz com boné.
- Ei, esse Pokémon é meu! – O garoto desceu correndo.
- O que pensa que esta fazendo? – Ele desceu do Raikou.
- Você não é meu pai – Ele cruzou os braços – Não pode me dizer o
que fazer.
- Escute aqui, veja isso, acha que está correto? – Ele apontou – Vi
na televisão, você assustou as pessoas, podia ter machucado todas elas, podia
ter matado alguém!
- As pessoas me machucam para conseguir o que quere, porque não
posso machucá-las?
Aquilo soou estranho, como um garoto tão pequeno podia
dizer algo assim.
- Papai e Mamãe só dão atenção para meu irmão e para mim? Eu não
tenho nada, só dou problemas porque tiro notas ruins, querem que eu seja o que
não quero, porque tenho que fazer o que todos dizem?
- Kyuren te escolheu para algum propósito e não é para que a gente
lute com você... Ele te escolheu porque você tem um coração amargurado, mas não
é isso que você quer fazer, não é isso que ele quer fazer.
Raikou estava diante de Kyuren, um olhando o outro,
assim como os dois garotos.
- Me chamo Jonathas e você? – Jonathas estendeu a mão.
O menino regrediu e ignorou o cumprimento.
- Adrian...
- Vamos garoto, podemos te ajudar, veja, também tenho um lendário!
- Não quero ajuda, não quero – Ele colocou a mão no ouvido e gritou.
Kyurem abriu novamente a boca e Raikou saiu
rapidamente antes de receber um Ice
Beam.
- Raikou, Thunder Wave!
Raikou gravou as garras no chão e emitiu uma onda de
choque paralisando Ryurem.
- Pare, pare agora! – Adrian gritava.
Jonathas não sabia o que fazer, o menino estava
desorientado, não sabia o que queria.
Sarah chegou pousando com a Lugia em campo, o portador
do Mew e Pedro a acompanhavam. Sarah desceu e Lugia tomou o posto do que seria
um combate complicado.
Logo em seguida, Mew foi liberado cercando Kyuren.
Pedro estava achando aquilo fascinante, apesar do
perigo que sabia que estava correndo.
- Somos quatro contra um! – Disse o portador do Mew – Melhor você
desistir.
O garoto ao ouvir aquilo, ficou desesperado!
- Eu não desisto, EU NÃO DESISTO!
Kyurem parecia entender aquilo como um instinto de
defesa e preparou um Dragon Pulse
mirando em Mew.
- Cuidado Augusto! – Gritou Sarah.
Augusto correu pelos bancos da arquibancada e segurou
Mew rodopiando para fora do lugar.
Pedro olhava, não sabia o que fazer, mas sabia que o Pokémon
era gelo. Olhou bem a sua equipe e lançou sua Magmar que esperava a ordem do
que deveria fazer a seguir.
- Espere um pouco... Mais um pouco... – Dizia Pedro observando
Kyurem rodopiando no campo se enroscando na rede tentando pegar Raikou com a
pata.
Raikou por sua vez, ganhava tempo enquanto se aproveitava
da paralisia de Kyurem.
- Mais um pouco... – Quando Kyurem ficou de costas, Pedro sabia que
era a hora certa – Agora, Fire Punch!
Magmar correu pela arquibancada e se lançou e campo,
rodopiou e seu punho direito gerou uma faísca e em segundos, uma chama
incandescente e se chocou em Kyurem rapidamente.
O Pokémon gemeu, mas parecia não ter sentido cocegas.
- Droga, Magmar, saia dai!
Kyurem se virou e ia acertar com a pata em Magmar, mas
Lugia desceu em espiral dando um rasante em campo resgatando Magmar e o
lançando para um lado mais seguro do campo.
- Obrigado Sarah!
Ele a viu acenando do outro lado.
- Vamos precisar de reforços pessoal! – Gritou Augusto – Kyurem é
forte e mais forte ainda é o desejo desse menino de querer ser melhor do que
qualquer um.
* * *
Assistíamos pelas câmeras laterais do campo de vôlei o
combate colossal desses lendários. Uma delas já estava destruída, então o
ângulo era bem ruim. Eu e Angela notamos quando a Magmar se lançou contra
Kyurem e o resgate incrível de Lugia.
Eu
ainda tentava entender porque Kyurem estava fazendo isso, porque ele estava
atacando, porque ele estava fazendo isso!
- Veja o portador o Kyurem – Apontou Angela.
O garoto era tão pequeno quanto ela, mas ele estava
atormentado, gritava, colocava a mão no ouvido, na cabeça e agia como se algo o
incomodasse.
Fiquei tonto e fechei os olhos rapidamente.
- Droga, novamente não... – Perdi as forças e quase cai.
Angela me olhou, preocupada novamente.
Abri os olhos e ouvi ela de longe me chamando
novamente, tão desesperada quanto ao ver que eu ia desmaiar.
“Eu estava no quarto dos fundos, com um colchão no
chão algumas coisas velhas. Eu já não tinha mais nada, absolutamente nada.
Havia livros jogados no chão, caixas e caixas, eu
estava em um depósito de tudo que eles não queriam mais.
Peguei o livro de cima e estava escrito Os melhores Museus de Hoenn. Eu iria
ler para passar o tempo, era tudo que eu possuía, uma coleção de livros de
pontos turísticos e históricos de todo o mundo!
Meu primo abriu a porta como se aquele espaço fosse
dele.
- Escute aqui garoto, papai e mamãe me amam mais que a você!
- Eu não tenho dúvidas.
- Então espero que não saia daqui e nem ocupe o meu espaço... E nem
cruze meu caminho... E nem coma sobremesa, a sua vai passar a ser minha!
Dei de ombros.
- Vou te chamar de meu escravo.
Eu preferia ignorar aquele garoto mimado.
Os olhos dele ficaram vermelho e antes de tudo ficar
escuro eu o empurrei. Eu nunca tinha feito isso. A minha força veio de longe,
veio de fora, veio da realidade.
- Isso não é verdade, é uma lembrança da minha vida, é um pesadelo,
um pesadelo ruim, mas eu te venci, eu venci você, eu vou acordar e nunca mais vou
ter esse pesadelo!
Me primo riu e seu corpo começou a ficar deformado.
- Sim Igor, você venceu seu medo – A voz dele era grossa e cheia de
variações sonoras – Mas você não me venceu, apenas passou no meu primeiro
teste... Se quiser ser meu portador, vai ter que provar mais do que reconhecer
um sonho ruim!
E ele finalmente tomou sua forma. Eu estava diante de
Darkrai!
Revisão: Rafha
Postado por
Unknown
às
09:00 em 11/02/2014
Sobre Unknown
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