Depois de uma postagem mais voltada para o Brock, em uma teoria que era para ser divertida, mas me fez descobrir que boa parte dos Pokéfãs brasileiros não sabe conjugação verbal e alguns Pokéshippers são extremamente hostis a qualquer outro ship envolvendo Ash e Misty, nada melhor do que um tema mais leve. Psyduck é, de longe, o Pokémon mais carismático da Misty e um dos que há mais tempo está com ela. Depois de tantas temporadas, o abobalhado patinho de Água passou por algum progresso, ou simplesmente foi o mesmo do início ao fim do anime?
Introduzido no episódio da primeira temporada "Soneca Hipnótica!", Psyduck foi mais um entre os vários afetados, em HopHopHop Town, pelas ondas psíquicas de um Hypno. A diferença é que, ao contrário de todos os demais Pokémon e humanos atingidos pelo poder, Psyduck pareceu nunca se recuperar dos efeitos, que só agravaram a sua já natural dor de cabeça. Após aceitar solucionar o problema do Psyduck para impressionar a Enfermeira Joy local e perceber que não havia jeito, Brock passou a tarefa para Misty, por se tratar de um Pokémon de Água. Como resultado, ao fim do episódio,
acidentalmente uma Poké Bola sua caiu e o Pokémon, por conta própria, fez-se ser capturado, tornando-se companheiro da garota desde então.
A partir disso, para a tristeza inicial de Misty, o Pokémon sempre a acompanhou. Muitas vezes, saía por conta própria da Poké Bola, o que se provava útil em alguns casos de emergência, mas frustrava a garota em batalhas nas quais escolheria outro Pokémon. Seja como for, quando a sua
dor de cabeça era ativada, Psyduck mostrava um
poder psíquico absurdo e tendia sempre a vencer as batalhas. No contrário, quando não a ativava, tinha um desempenho péssimo e levava Misty da vergonha ao extremo ódio, em cenas geralmente hilárias.
Em "Princesa contra Princesa!", Psyduck ainda foi o responsável pela vitória da Misty no evento da
Rainha do Festival da Princesa, sendo o único a superar o Lickitung da Jessie, quando nem mesmo Pikachu conseguiu o feito. Já em "A Partida Perfeita!", quando Misty e Ash se enfrentaram na
Copa Redemoinho, durante a viagem por Johto, foi graças a sua dor de cabeça que a Líder de Ginásio derrotou o amigo e seu Kingler. Ainda é interessante citar os eventos do episódio "Adeus, Psyduck!", das Ilhas Laranja, quando, por um engano, Misty lutou ao lado de um
Golduck, acreditando que era seu Pokémon evoluído, algo que o final do episódio desmentiu e nunca chegou a acontecer.
Distraído e sempre confuso, Psyduck só se destacava em batalhas se realmente conseguisse ativar a dor de cabeça, nem mesmo lembrando do que fez quando o efeito passava. Incomum para a sua espécie, a criaturinha
nem mesmo sabe nadar, o que pareceu decepcionar as irmãs da Líder de Ginásio. Em "A Insígnia Azul da Coragem!", do especial
Pokémon Crônicas, Misty e Tracey até juntaram esforços para ensinar Psyduck a nadar, mas o Pokémon continuava em completo desespero quando entrava na água. Toda essa personalidade explica muito da
relação turbulenta dos dois nas primeiras séries, nas quais a Pokégirl chegava a cogitar agredir o Pokémon por estar impaciente demais com sua lentidão ou interrupção involuntária.
Somente na série
Sol & Lua, no episódio "Quando Regiões se Enfrentam!", descobrimos que, depois de 942 episódios, tempo mais longo para um Pokémon na animação dominar um ataque, que Psyduck
aprendeu a usar o Revólver d'Água corretamente. Isso aconteceu enquanto enfrentou, no ginásio de Cerulean, os, na época, Popplio e Steenee, da Vitória e Lulú, respectivamente. Aqui, ainda demostrou ter bem mais
domínio sobre suas ações e poderes durante a dor de cabeça. Já em
Jornadas, série na qual pôde ter bastante participação, mostrou novamente seu poderoso Revólver d'Água, ao lado dos seus parceiros de time Politoed e Clauncher, para ajudar o Esquadrão Squirtle a apagar um incêndio. No entanto, pela primeira vez, mesmo com tanto tempo de tela, suas dores de cabeça não foram retratadas.
Ainda foi a partir desse retorno em
Sol & Lua que vimos a relação de Misty e Psyduck mudar. Já no início, ambos demonstravam carinho um pelo outro, tanto que a garota nunca o libertou para a natureza, algo que poderia ser feito desde a sua captura. Além disso, quando mostrava seus poderes psíquicos, Misty não poupava se gabar pelas habilidades do seu companheiro. Contudo, foi depois que Ash chegou a Alola que vimos a
garota e Psyduck no seu maior estado de carinho, sem que demonstrasse se irritar com sua presença e tendo evoluído consideravelmente o afeto. Em
Jornadas, a ignorância da Misty em relação a ele não foi vista de forma alguma também, dando a entender que não mais existe, embora tenha protagonizado cenas de bastante atrapalho.
Desse modo, Psyduck saiu de um Pokémon atrapalhado que dependia da sorte para ser muito útil ou completamente inútil em uma batalha para um ainda atrapalhado que
consegue lutar mesmo fora da dor de cabeça, tendo aperfeiçoado seu Revólver d'Água e controle psíquico. Evolução sutil e pouco percebida pelos fãs mais desatentos, mas digna da nossa Líder de Ginásio preferida, não é? Vocês gostam do Psyduck? Quais os Pokémon da Misty que mais amam? E conseguem vê-lo evoluindo algum dia, caso a personagem retorne no futuro da franquia? Particularmente, não acho que Psyduck evolua depois de todo esse tempo, ele é clássico dessa forma, assim como Pikachu, mas uma Misty adulta com um Golduck mais maduro seria perfeito, não?
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Rlx mano só achei engraçada a anterior kkk
ResponderExcluirAcredita que quando vi esse episódio de Sol e Lua eu fiquei bem surpreso com a cara da Misty com o Psyduck? Na primeira temporada a Misty se mostrava muito apaixonada por Golduck, o que na época eu já me questionava do porquê ela odiar tanto o Psyduck se no fim ele poderia evoluir para o Pokemon que ela tanto gostava. O fato de ela ter o utilizado numa batalha (nesse episódio de Sol e Lua), sem ele escapar da Pokebola, também me chamou a atenção porque já demonstra essa maturidade, por assim dizer. No entanto, me parece que a Misty não deseja mais um Golduck justamente por ter construído uma relação muito única com o Psyduck. A não ser que seja uma solução fazer um Golduck atrapalhado (mesmo esse Pokemon tendo um ar mais galanteador como mostravam na primeira temporada), eu não acredito que iria funcionar.
ResponderExcluirA propósito, aproveitando esses artigos seus recentes eu poderia te pedir que analise com carinho um tema? Seria a Equipe Rocket. Para mim, o pior defeito de roteiro da série é fazer os personagens “sem memória”. O passado raramente se conecta e isso me incomoda demais (o Ash as vezes age como a personagem da Drew Barrymore em “Como se fosse a primeira vez”) . Isso recai sobre vários aspectos que me fizeram olhar para a Equipe Rocket com muita pena. Na primeira temporada fizeram um trabalho brilhante de construção dos personagens (a Jessie tinha uma Chansey, o James um Growille), as histórias se amarrando e criando justificativas e até humanização deles. No entanto, isso foi esquecido como se não existissem 25 anos de história deles também. Era cansativo a Equipe rocket? Sim, mas se enfiaram 25 anos nos roteiros era para ter um pouco mais de capricho com eles. Outra coisa que me chatearia bastante (algo que nesse mesmo episódio de Sol e Lua não ocorreu) se não ocorresse os diálogos hilários entre Jessie e Misty. Eu ria muito com a rivalidade delas, e odiaria se o roteiro simplesmente não explorasse esse detalhe cômico de novo por conta da falta de memória dos personagens. Acho que a gente precisa aprender com os roteiristas da série olhar para o horizonte e dizer “A Jornada continua” e esquecer todos os nossos problemas.
Merecia uma terceira evo.
ResponderExcluirPara finalmente ganhar o tipo Psíquico? Haha
ResponderExcluirEu tenho medo de prometer, mas, como já tenho um tema para a postagem de sexta, verei se faço essa que pediu para o domingo, daria uma ótima discussão. Estou de mini-férias da faculdade, então, tecnicamente, estou tendo mais tempo para escrever. ;)
ResponderExcluirA da May e a da Jessie é muito boa também, embora a Misty consiga ser ainda mais esquentada que a May. 😂
Eu também fiquei supersurpreso! Kk Inclusive, eu reassisti o episódio do Golduck, antes de fazer essa matéria, e é muito bom quando a Misty o encontra e fala "agora ninguém vai mais falar mal de você", aí o Ash olha para o Tracey e diz "mas quem mais xingava ele era a própria Misty". 😂 E, sim, a relação deles evoluiu bastante. Eu me peguei preso nessa exata questão, porque uma mesma espécie de Pokémon pode apresentar variadas personalidades. Então, tecnicamente, poderia existir um Golduck atrapalhado, e acho que combinaria muito a Misty finalmenter ter um. Sendo que é aquilo que você comentou, ela não aparenta ter mais esse desejo, o Psyduck não aparenta querer evoluir. Ainda, embora isso seja irrelevante, tem a questão da cor, que a Misty é geralmente ligada à cor amarela, justamente a do seu Psyduck. Não que seja por isso, mas acabou casando bem.
ResponderExcluirSim! Inclusive, uma postagem antiga que está nas notas de "futuras postagens" é sobre "porque o anime evita tanto continuidades claras". Isso é algo que desagrada a maioria dos fãs antigos, eu acredito. Ficar fingindo que certas coisas não aconteceram, ou evitar recuperar determinados detalhes na memória dos personagens. A verdade é que até DP, a continuidade era bem mais orgânica, mas depois foi se perdendo um pouco, acontecendo de formas muito pontuais ou nem acontecendo. Amo XY, mas foi a série que mais pecou em conexão com as outras séries. Nisso, entra a Equipe Rocket, que tentaram fazer uma mudança em Unova, até tiraram o Wobbuffet da Jessie, depois recuperaram sem qualquer conexão com o passado em XY, já em Alola introduziram o Meowth de Alola, que em Jornadas já foi esquecido como rival do Meowth também. Ficou tudo bem bagunçado, nesse sentido. A única ressalva que teve foi justamente nesse último episódio focado neles, com o retorno dos Pokémon do QG, mas, sabendo que Jornadas era a temporada final, seria simplesmente perfeito se víssemos Jessie reencontrar com a Blissey, James com o Growlith, Cacnea e Chimecho (Pokémon que não estão com ele, mas ainda são dele), Jessie finalmente descobrindo direito sobre o paradeiro da sua mãe, colocar um ponto final na história de James com os pais e o casamento, um reencontro do Meowth com a Meowsie (não sei se é assim que se escreve kkk), o próprio tão desejado reencontro com Arbok e Weezing, que foram obrigados a deixarem eles. A história do trio poderia ter sido muito melhor trabalhada ao longo de Jornadas, resumidamente. E sim, a rivalidade entre Misty e Jessie era hilária. A outra única Pokégirl que teve uma rivalidade "declarada" com a Jessie foi a May, tanto que existiam os paralelos desde o início de AG com os Wurmple, teve a questão com a Skitty, enfim. Mas, mesmo que ela tenha sido rival da Dawn e da Serena nos Concursos e Exibições, respectivamente, esse rivalidade nunca voltou com muita força fora dos palcos. E, agora, no arco final de Jornadas, não vimos grandes interação também entre Misty e Jessie.
Mas, só para ficar claro, sobre o que você gostaria que eu escrevesse? A falta de continuidade em relação à Equipe Rocket? O descuido com a história dos personagens e a conclusão deles?
Acho que você entendeu perfeitamente o que eu quis dizer. Até fazendo um paralelo com outras séries. Se essa falta de continuidade te incomodou, assim como a mim e outras pessoas acredito que também, você poderia juntar essas pequenas histórias criadas que poderiam ter sido concluídas mas que foram desprezadas pelo roteiro. Então seria sobre o descuido com os personagens mesmo. Você até menciona sobre isso no top 11, dizendo que poderia ter sido melhor trabalhado. Mas acho que são muitas pontas soltas que poderiam trazer uma cereja do bolo muito mais apetitosa e divertida em termos de roteiro. Uma pena que não relembraram a rivalidade delas e eu preciso ver a rivalidade da Jessie com a May também porque eu não sabia.
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