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Pokémothim

Pretendo Ser um Mestre Pokémon (reescrita): Episódio 6!

Créditos da capa ao artista Thiago Sinaz

Olá, Thunders!

Depois de ter dado uma pausa na reescrita junto à pausa do anime, volto aqui com um novo capítulo, justamente no dia do meu aniversário de 4 anos na Pokémothim. Peço desculpas pela demora, tive alguns problemas, inclusive perdi o capítulo quando já estava bem adiantado e precisei escrever tudo novamente. De qualquer forma, trago um episódio do Lapras. Não acredito que seja tão divertido quanto foi o original, nem tentei fazer que fosse, apesar de não saber se conseguiria, mas procurei corrigir o que mais me incomodou naquele episódio: Lapras ser usado para um plano completamente desnecessário e sua participação sendo facilmente removível da própria trama. Bem, desejo-lhes uma ótima leitura! 


Episódio: A Bordo do Lapras para o Jardim da Liberdade!

Um pouco próximos às grandes usinas do Complexo de Virbank, em Unova, nossos heróis faziam uma ligação especial no Centro Pokémon; ou melhor, a Misty.

— Caserin poderia me dar pelo menos um pouco de atenção. — Misty lamentou, olhando seu Pokémon, que estava no aquário de Cerulean, por meio da videochamada que fazia com Daisy, do Centro Pokémon local. 

— Você sabe, Misty, que ele só tem olhos para a Luverin. — Daisy apontou para sua Luvdisc, que nadava ao lado do da irmã.

— Azu! Azu! — Azurill interagiu com Daisy.

— Quando voltar para Cerulean, poderá usar Caserin. Por enquanto, contente-se com Azurill. — Daisy sorriu para o Pokémon Bebê.

— Estou com tanta saudade. — Misty acenou para Caserin, que sorriu de volta para a chamada.

— Ótimo, aproveite e volte logo, queremos sair em uma nova viagem. — Violet surgiu na tela.

— Recebemos uma grande proposta em Kalos, dependemos de você. — Lily complementou.

— Eu não estava falando com vocês! — Misty gritou. — Podem esperar sentadas, porque estamos prestes a descobrir se a Caverna do Ser realmente nos leva de Unova para Sinnoh. Para Sinnoh, não Cerulean! — Misty destacou a última parte.

— Nossa, que mau humor. — Lily resmungou.

— Não se preocupem, minhas sereias sensacionais! — Brock empurrou Misty, entrando na videochamada. — Eu posso cuidar do ginásio, dos seus Pokémon, das suas carrei... — Foi atingido por Croagunk.

— Que tal começar cuidando da sua vida?! — Com um chute, Misty lançou Brock na porta do Centro Pokémon. — Nos falamos depois. — Acenou para suas irmãs.

— Tomem cuidado. — Daisy pediu.

— E vê se não demora, Misty. — Violet passou uma mão no cabelo.

— Ai, ai. A cada dia eu entendo mais as dores de cabeça frequentes do Psyduck. — Misty massageou as têmporas com uma das mãos, enquanto Azurill a olhava sem entender. — Cadê o Ash?

— Estava observando o mar com Pikachu. — Brock respondeu.

Saindo do Centro Pokémon, os amigos logo avistaram Ash e Pikachu com as mãos sobre os olhos, que estavam cerrados, como se vissem algo de longe, no mar.

— Aquele é o... — Ash observava um Lapras vir em sua direção, na costa do Complexo de Virbank. — É o Lapras!

— Pika-pi! — Pikachu concordou.

Não demorou muito para que Lapras alcançasse o treinador, sendo abraçado por ele e Pikachu e seguido por todo o seu cardume.

— Nossa, Lapras, vocês vieram muito longe dessa vez. — Ash soltou o abraço, impressionado com a distância que percorreram para chegar a Unova.

— Captei o reencontro perfeito! — Uma voz familiar afirmou.

Ao olhar para a esquerda, os heróis avistaram Tracey abaixado, com um joelho apoiado no chão, um sorriso no rosto e segurando seu carderno de desenhos, no qual estava a ilustração do abraço de Ash, Pikachu e Lapras.

~ Abertura ~


— Tracey! — Ash se mostrou surpreso.

— Tudo bem, Ash? — Tracey foi até o amigo e apertou a sua mão, logo tendo a cabeça de Lapras jogada contra o seu corpo, o que o fez rir e o acariciar também. — A julgar pelo tamanho do seu chifre, está bem saudável. — Observou, como um bom Observador Pokémon.

— Pode-se dizer que essa é uma dupla surpresa. — Misty comentou, ficando entre Ash e Tracey e alisando Lapras também. — Você está tão lindo. — Sorriu para o Pokémon.

— O que faz tão longe do Laboratório do Professor Carvalho? — Brock perguntou ao Observador Pokémon, enquanto também alisava Lapras.

— O Professor Carvalho me enviou para fazer uma entrega à Professora Juniper, mas os rumores sobre o Jardim da Liberdade me fizeram querer estudar mais um pouco, antes de voltar para Kanto. — Tracey explicou, ao mesmo tempo em que fazia carinho no Azurill de Misty e soltou Marill para brincar com ele pelo chão.

— Jardim da Liberdade? — Ash perguntou curioso.

— É uma ilha que serve como antigo símbolo de esperança para um mundo no qual humanos e Pokémon viverão livres. Sempre foi tratada como uma lenda antiga, mas rumores recentes dizem que um canto no mar tem atraído treinadores para lá, que acabam se perdendo e sendo trazidos de volta ao litoral misteriosamente. — Tracey revelou, guardando seu cardeno na mochila. 

— Nossa! — Ash fechou os punhos animado.

— Um canto misterioso, né? — Brock colocou uma mão no queixo. — Poderia ser um Primarina.

— Ou então, um Lapras. — Misty sorriu para o Lapras de Ash.

— Isso me lembra os velhos tempos. — Tracey colocou as mãos na cintura. — Quer dizer, agora temos um Monarca entre nós. Parabéns a vocês dois.

— Não foi nada. — Ash disse modesto, com Pikachu fazendo um movimento vertical com sua patinha para dizer o mesmo.

Lapras, então, chamou pelo treinador, dizendo algo que logo fez Pikachu iniciar uma conversa. 

— O que foi, Lapras? Você sabe onde fica o Jardim da Liberdade? — Ash perguntou, vendo o Pokémon confirmar com a cabeça.

— Devem ter passado por lá enquanto migravam. — Brock supôs.

— Vocês poderiam nos levar? — Tracey pediu, o que fez o Pokémon sorrir e virar de costas, para que subissem nele.

— É isso aí! — Ash comemorou, olhando para os amigos.

Por dentro da água, no submarino Magikarp, a Equipe Rocket seguia os heróis, observando cada um sobre um Lapras diferente, enquanto pareciam brincar nas pequenas ondas.

— O pirralho reencontrou o Lapras das Ilhas Laranja. — Jessie comentou, pedalando.

— E o pirralho desenhista também. — James complementou.

—  A gente pega uns Lapras para o chefe e ainda vende uns desenhos. — Disse Meowth, fazendo seus companheiros rirem.

— Wobbu-Wobbu! — Wobbuffet pôs uma pata na cabeça.


Aproximadamente uma hora depois, Ash foi acordado por um grito do Lapras. A água estava agitada, por isso se levantou e agarrou firme no pescoço do seu Pokémon, com Pikachu fazendo o mesmo que ele. Grandes ondas surgiram, pelas quais Lapras passava por cima, até que uma era grande demais para que conseguisse. Assim, o Pokémon a perfurou, mergulhando debaixo da água, onde Ash viu os demais Lapras. Misty parecia se divertir bastante, por sinal. 

Quando o fôlego acabou e Lapras subiu para deixar Ash e Pikachu respirarem, a dupla avistou uma vasta porção de terra, era o Jardim da Liberdade.

— Uau! — Ash disse boquiaberto, observando uma selva, um caminho de tijolos já bastante desgatado pela natureza e um faról no topo distante.

— Então, é aqui. — Tracey disse, pulando do Lapras em que estava para a ilha e puxando seu binóculos.

— Eu certamente capturaria você. — Misty se despediu do Lapras dela, também descendo, o que fez Brock rir.

— Obrigado, Lapras. Vocês nos esperam aqui? — Ash se certificou de que teriam como voltar, olhando para o cardume. Mexendo suas nadadeiras animadamente, o garoto entendeu que se tratava de um sim.

Um cantarolar doce e misterioso chamou a atenção de todos, sendo alto o suficiente para se espalhar não só por toda a ilha, como pelas redondezas, visto que a Equipe Rocket – que se encontrava enjoada pela zona turbulenta – ouviu e automaticamente se reergueu tentando descobrir do que se tratava.

O Lapras do Ash respondeu o cantarolar, também cantando, o que fez os heróis sorrirem. 

— Venomoth, vamos lá! — Tracey soltou o Pokémon da Poké Bola.

— Venomoth? — Misty perguntou surpresa.

— Que legal, Tracey! — Ash sorriu para o Pokémon, enquanto Pikachu o cumprimentou com a pata. 

— E o seu medo de Insetos? — Brock perguntou para a amiga.

— O Venonat do Tracey nunca me fez mal, ainda mais agora que é um lindo Venomoth. — Misty explicou.

— Que conveniente. — Brock coçou a cabeça.

— Venomoth, procure qualquer vestígio de Pokémon que possa estar reproduzindo o som que ouvimos agora. — Tracey pediu. — Marill, você ajuda pela terra, use suas orelhas.

— Marill! — O Pokémon aceitou, com Azurill pulando ao seu lado para ajudá-lo.

Quando seguiram pela floresta, o Lapras de Ash esboçou uma feição preocupada. Ainda assim, os heróis adentraram a mata, onde viram inúmeros Pokémon de Unova: Sawsbuck com um filhote Deerling, muitos Sewaddle e Swadloon pelas árvores, três Tranquill descansando, um Drilbur brincou com eles os assustando por baixo da terra e fugiram de um Scolipede. 

Guiados pelo Supersônico de Venomoth, o quarteto atravessava uma caverna, metade coberta por rocha, mas a outra metade com água, parecendo um rio, apesar de ser salgada.

— Aqui é bem maior do que parecia. — Brock observou, com Misty escondida atrás da sua mochila, com medo de terem outras experiências com Pokémon Inseto.

— Deixa de ser medrosa, Misty! — Ash provocou. — Desse jeito, você vai acabar atrasando a gente.

— É você que vai atrasar se não parar de falar besteira! — A garota acertou a cabeça de Ash.

— Vocês não mudaram nada. — O Observador Pokémon riu.

Repentinamente, Venomoth apressou o voo, o que fez Tracey e os demais correrem atrás dele, percebendo que havia encontrado a saída da caverna. Do lado de fora, notaram estar no topo, onde se encontrava um grande faról de mármore com detalhes em azul, flores variadas e raras e vários Cottonee e Whimsicott espalhados. 

— Que lindo! — Misty olhou ao redor.

— Preciso registrar isso! — Tracey puxou seu caderno de desenhos. 

Enquanto os treinadores seguiram para vasculhar o local, Marill e Azurill perceberam a água no fim da caverna borbulhar. Mas, como nada havia aparecido, continuaram atrás dos seus treinadores.

— Será que os Whimsicott que estavam cantando? — Brock cogitou, abaixando o corpo e fazendo carinho em um.

— Não sabia que eles eram conhecidos pelo canto. — Ash destacou.

— E não são, por isso é estranho. — Brock cerrou o cenho, reflexivo.

— Deve ter algo que ainda não estamos vendo. — Tracey terminou o desenho.

Venomoth voou até o topo do farol, onde parecia interagir com algo.

— O que foi, Venomoth? — Tracey perguntou ao seu Pokémon.

— Pika-pika! — Pikachu se animou, após ter captado algo com o seu cheiro.

Victini, então, saiu da invisibilidade e riu, revelando que era com ele que Venomoth se comunicava. 

— É aquele... — Ash arregalou os olhos, logo sendo abraçado pelo Mítico, que voou até ele. 

Pikachu cumprimentou Victini e ambos foram para o chão, jutando-se a Azurill e Marill para brincarem.

— Então, era Victini. — Tracey entendeu, com um grande sorriso. — Esse não é o Pokémon Mítico que traz a vitória aos treinadores com quem faz amizade? A brilhosidade do seu pelo é impressionante. 

— Como o conheceu, Ash? — Misty quis saber.

— A gente se encontrou quando Pikachu e eu fomos à Cidade de Eindoak, aqui em Unova. Victini morava na Espada do Vale, um castelo em que estava preso há mais de mil anos. Depois de alguns problemas, ele conseguiu se libertar de lá e passou a viajar pelo mundo e conhecer o mar como tanto queria. — Ash explicou, rememorando algumas cenas em sua cabeça.

— O Jardim da Liberdade deve ser a nova casa dele. — Tracey observou.

Surpreendendo a todos, uma rede metálica soltando descasgas elétricas pegou Victini e Pikachu.

— Pikachu! — Ash gritou.

Após uma risada, a Equipe Rocker apareceu em um robô Cacnea e cantou seu lema.

— Vocês não cansam nunca? — Brock apontou para os ladrões.

— Devolvam o Pikachu e o Victini! — Ash mandou.

— Ou o quê, pirralho? — Jessie provocou e voltou a rir.

— Venomoth, Feixe Psíquico! — Tracey comandou, de modo que o ataque rosado atingiu o robô. — Agora, Zumbido de Inseto!

— Hora de pegar essa mosca! — Meowth avisou, apertando um botão que fez o Cacnea robôtico lançar uma rede que levou Venomoth ao chão, antes que usasse seu golpe.

— Não para, Meowth. — James pediu.

— Lidem com isso, pirralhos! — Meowth riu, ativando um novo comando, o qual fez o robô Cacnea lançar seus espinhos, que fixaram na terra e se transformaram em mini-Cacneas robôticos, responsáveis por fazer os Cottonee e Whimsicott fugirem.

— Não cantem vitória ainda! Eu escolho vocês! — Ash ergueu seus dois braços, contendo duas Poké Bolas em cada mão, das quais saíram Heracross, Oshawott, Talonflame e Torterra. 

— Ajude também, Geodude! — Brock soltou seu Pokémon.

— É hora da batalha! — Tracey liberou seu Scyther.

— Oshawott, Concha Navalha e Aqua Jato! Talonflame, Asa de Aço! Heracross, Corpo-a-corpo! Torterra, Investida Impetuosa! — Ash comandou.

— Geodude, Mega Soco! — Brock pediu.

Oshawott atingiu dois robôzinhos com a concha, mas logo pulou desviando dos espinhos lançandos pelo terceiro e ativou o Aqua Jato, seguindo ao lado de Talonflame pelo ar e atingindo os oponentes. Heracross usava os chifre e as patas, desferindo poderosos golpes que lançavam os oponentes para todos os lados, assim como Torterra, que corria e amassava vários com seu enorme corpo coberto por uma energia laranja. Os robôs jogados para o lado por Torterra sem serem destruídos eram atingidos por fortes socos de Geodude.

— Scyther, liberte Venomoth com o Talho! Marill, Aqua Cauda! — Tracey comandou.

— Azurill, Chicote de Cauda! — Pediu Misty. 

Scyther voou na direção do companheiro de equipe, para libertá-lo com um corte, sendo protegido por Marill e Azurill, o primeiro com sua cauda coberta por um redemoinho de água que acertava os oponentes e o segundo atingindo os inimigos com o orbe na ponta da sua cauda.

— Estamos em desvantagem, Meowth! — Jessie passou a balançar o parceiro desesperadamente.

— Faz logo alguma coisa! — James ativou o lançamento de mais mini-robôs Cacneas. 

— É hora de dar no pé. — Meowth se soltou de Jessie e ligou propulsores que fariam o robô decolar.

— Não tão rápido! Torterra, Planta Mortal! — Ash comandou.

Fazendo grossas e enormes raízes saírem da terra, Torterra as fez se enrolarem no Cacnea robótico, não permitindo que decolasse. Como resposta, o robô passou a atirar pequenos explosivos no inicial na última forma.

— Síntese! — Ash pediu, o que fez seu Pokémon recuperar a energia. — Talonflame, Pássaro Bravo!

Talonflame cobriu seu corpo de uma energia azulada e investiu para perfurar o robô maior, mas novos explosivos foram lançados, impedindo a sua aproximação. Ash cerrou os dentes, percebendo que os outros estavam ocupados para ajudá-lo, já que novos e novos mini-robôs Cacnea eram lançados.

Geodude fez vários robôs voarem longe com a Tempestade de Areia, depois começou a girar o próprio corpo e explodir muitos deles (Girobola). Usando sua concha como lâmina, Oshawott desferia a Retaliação nos oponentes, dando um pulo e soltando o Jato d'Água para enterrar um robô no chão. Enquanto Azurill aumentava sua vida com o Refrescar, Marill o protegia com o Jogo Duro, golpeando os adversários com sua cauda e patas. Heracross se defendia e contra-atacava com o Mega Chifre. Após libertar Venomoth, Scyther usava suas lâminas para destruir os oponentes com o Cortador de Fúria.

Os olhos de Ash, então, encontraram os de Tracey, que parecia ter tido um plano. Por trás do robô maior, furtivamente, Venomoth soltava o Pó do Sono.

— Isso! — Ash comemorou.

No entanto, das costas do Cacnea robótico maior, saiu um ventilador que tanto empurrou Venomoth com o vento, como espalhou com ele o Pó do Sono. Torterra corria para usar o Martelo de Madeira quando foi pego, assim como Oshawott e Heracross também, só Talonflame escapando por estar na lateral do robô. Scyther usou o Golpe de Ar para afastar o ataque dele e de Azurill e Marill, agora com o primeiro usando Jato de Bolhas e o segundo o Superpoder com sua cauda para destruir os últimos mini-Cacnea que restavam. Geodude, o último pego pelo pó, conseguiu criar uma energia prateada e lançar a Explosão de Rocha, que destruiu o ventilador, antes de dormir.

Um Raio de Gelo chamou a atenção dos heróis, responsável por congelar os dois braços do robô, por onde lançava as suas miniaturas. Tinho sido Lapras, que havia subido pela trilha de água da caverna.

— Lapras! — Ash sorriu. — É hora de acabar com isso! — Pensava que não podia se aproximar com Talonflame novamente, por isso teve um plano, enquanto recuperou Torterra e Oshawott para as Pokébolas. — Talonflame, Onda de Calor! Heracross, Ataque Sonâmbulo!

Ainda dormindo, Heracross se colocou de pé e começou a preparar da sua boca um Hiper-raio. Ao mesmo tempo, de longe, Talonflame emanava uma energia laranja e quente do seu corpo, que esquentava o robô maior. 

— Scyther, Dança das Espadas e Talho! — Tracey pediu.

Aumentando o seu ataque, Scyther avançou velozmente para partir o robô em dois.

— Talonflame, ajude com o Ataque de Chamas! — Ash gritou.

Assim, com o corpo em chamas, Talonflame perfurou o robô por trás, que logo em seguida foi partido verticalmente ao meio por Scyther. Em seguida, o Hiper-raio de Heracross foi lançado e gerou uma pequena explosão, a qual, para a surpresa de todos, revelou que a Equipe Rocket já não estava mais lá dentro.

— Para onde eles foram? — Brock disse, recuperando Geodude para a Poké Bola.

Lapras gritou para o garoto de Pallet, como se o chamasse para as suas costas.

— Vamos nos separar, Ash! — Misty sugeriu.

— Certo. Talonflame, ajude o Brock. — Ash pediu, retornando Heracross para a Poké Bola e correndo em direção a Lapras.

— Vamos, Scyther. — Tracey chamou seu Pokémon.

Brock seguiu para o Leste com Talonflame, Tracey para o Norte com Scyther, Misty para o Sul com Marill e Azurill e Ash entrou na caverna ao Oeste, subindo nas costas de Lapras.

— Qual a sua ideia? — Ash perguntou.

Novamente usando o Raio de Gelo, Lapras congelou o caminho de água, deslizando em uma velocidade impressionante. 

— Genial, Lapras! Como nas Ilhas Laranja. — Ash sorriu, segurando-se firme.

Chegando ao fim da caverna, onde Lapras seria lançado para a terra, o Pokémon formou uma Esfera Climática e a lançou no final da descida de gelo, abrindo um buraco  e entrando nele, tendo passagem para uma caverna subaquática que explicava como havia ido do mar até ali. Velozmente, Lapras nadou até a superfície, onde submergiu para Ash respirar. 

Logo à frente, Jessie, James, Meowth e Wobbuffet chegavam ao submarino Magikarp estacionado na praia, carregando Victini e Pikachu em jaulas quadrangulares.

— Ei, Equipe Rocket! Devolvam Pikachu e Victini! — Ash gritou.

— O quê? Como ele já tá aqui? — James se mostrou espantado.

— O pirralho é iluminate. — Jessie empurrou os amigos violentamente para dentro do submarino e entrou. — Vamos, Vamos, seus palermas.

 — Não deixe eles fugirem, Lapras! — Ash apontou para a água.

Sem perder tempo, Lapras afundou e nadou na direção do robô Magikarp, mas Ash viu uma hélice mais potente surgir e impulsioná-los para se afastar mais rápido. Contudo, quando tudo parecia perdido, o submarino foi lançado para trás. O garoto logo se deu conta que o resto do cardume do Lapras formava uma barreira subaquática para impedir a fuga dos ladrões. Imediatamente, Ash comemorou, o que fez um pouco de água entrar na sua boca, mas logo se recompôs. 

Sendo empurrados pelos ataques dos Lapras sempre que tentavam fugir, os ladrões não conseguiam escapar, até que o Lapras do Ash chegou na frente deles e, com um poderoso Jato d'Água, lançou o submarino para fora da água, arremessando-o para a ilha.

— Aqui, meninos! — Misty gritou para os amigos, enquanto corria na direção do submarino Magikarp encalhado.

Enjoada, Jessie pulou de dentro do robô, caindo com o rosto no chão. Meowth caiu ao seu lado e Wobbuffet em cima dela, enquanto James só tirou a sua cabeça para fora do submarino e um braço que segurava as jaulas de Victini e Pikachu.

— Ainda dá para escapar. — Jessie murmurou.

Sem que percebesse, Talonflame puxou com as garras as gaiolas da mão de James, recuperando Pikachu e Victini e os lançando para Brock soltá-los.

— Acabou, Equipe Rocket! — Brock afirmou, libertando os dois aprisionados.

— É mesmo? — Jessie se levantou, recuperando-se do enjoo. — Sinto dizer que não.

— Dessa vez, nós viemos mais do que preparados. — James riu. 

— Contemplem uma ciberevolução! — Meowth puxou um controle com outro botão, prestes a apertá-lo.

Brock, Misty e Tracey avistaram um vento azul-claro vir do mar e congelar tudo à frente deles, especialmente a Equipe Rocket. Em seguida, viram Ash chegar nas costas de Lapras, que brilhava na mesma cor do ataque.

— Foi o Frio Extremo. — Brock explicou, lembrando já conhecer o movimento.

— Vejam como o nosso bebê Lapras cresceu. — Tracey sorriu.

— Estão bem? — Ash correu na direção dos amigos, tendo os corpos de Pikachu e Victini jogados sobre ele. — É a vez de vocês! Victini, Criação V!

Com as orelhas em chamas e uma aura quente ao redor, Victini investiu contra a Equipe Rocket congelada, causando uma explosão que destruiu o submarino e os deixou chamuscados. 

— Tracey! — Misty chamou pelo amigo, que assentiu entendendo o que queria. — Azurill, Revólver d'Água! 

— Marill, Jato d'Água! — Tracey ordenou.

Ambos os ataques se juntaram, levantando a Equipe Rocket no ar.

— Termine, Pikachu! Choque do Trovão! — Ash comandou.

Com o clássico choque eletrizante, fortificado pela energia de Victini, os ladrões partiram para o céu ainda mais velozmente, afirmando que estavam decolando de novo.

Sob o som da comemoração dos Lapras, Ash abraçou Pikachu; Misty e Tracey deram um toca aqui com as duas mãos abertas; e Brock observou Victini ir até o Lapras do Ash e abraçar seu rosto.

— Parece que tudo acabou bem. — Brock sorriu.

— Ainda dá tempo de brincarmos um pouco antes de voltar, não é? — Ash olhou para os amigos, depois para o Mítico.

— Eu não vejo porque não. — Tracey respondeu, para alegria de Victini, que deu uma giro no ar.


No fim da tarde, de volta ao Centro Pokémon do Complexo de Virbank, Brock e Misty conversavam com a Professora Juniper, enquanto a Líder de Ginásio apertava o Oshawott de Ash em seus braços.

— Graças a vocês, faremos do Jardim da Liberdade um local protegido como santuário do Victini. — A professora garantiu, alisando a cabeça de Oshawott.

— Tenho certeza que ele se sentirá mais seguro assim. — Misty olhou para Brock, percebendo que babava pelo canto da boca.

— Eu posso fazer do meu peito o santuário do seu amor, minha que... — Brock foi novamente interrompido por Croagunk, que o derrubou e o atingia repetidamente com o Golpe Envenenado, e Misty que pisava na sua barriga.

— Vai precisar de um santuário hospitalar para se tratar. — Afirmou a garota.

— Nossa... — Juniper ria sem saber como reagir, assim como Oshawott estava claramente assustado.

No cais, Tracey estava sentado no chão, ao lado de Ash e Pikachu, que observavam os Lapras interagirem entre si sob a luz do pôr do Sol.

— Sabe, é como se eu ainda pudesse ouvi-lo cantar daqui. — Tracey mostrou o desenho que havia acabado de fazer, de Victini no topo do farol. 

— Eu também, Tracey. — Ash sorriu. 

— Pika-pi. — Pikachu assentiu.

Lapras seguiu até os garotos, querendo se despedir do seu treinador, que logo entendeu e se levantou, indo até ele e o abraçando novamente.

— Obrigado, Lapras. Foi incrível passar por mais uma aventura com você. — Ash soltou o abraço, com os olhos marejados. — Cada vez que nos vemos, tenho mais certeza do quão forte você se tornou e do líder incrível que é. Cuide bem de todos! 

Lapras deixou lágrimas caírem, enquanto Misty, Brock, Juniper e Tracey se olharam entre si, emotivos com a despedida. Juntando-se ao seu cardume, Lapras partiu, sem que Ash e Pikachu deixassem de acenar até que sumisse no horizonte. 

— É sempre bom rever os amigos. — Juniper parou ao lado de Ash, encarando o horizonte também.

— É sim, professora. — Ash limpou as lágrimas que nem mesmo deixou cair.

— Aproveitando a despedida, eu acabei me prolongando demais por aqui. — Tracey chamou a atenção de todos para si. 

— Agradeça ao Professor Carvalho, Tracey. Graças a ele que meu estudo está avançando. — Pediu Juniper.

— Pode deixar. — O Observador sorriu para a professora, mas logo se virou para os amigos. — Quanto a vocês, estarei esperando por uma visita ao laboratório. Não estava lá da última vez que foram. 

— Se você não se incomodar caso eu leve todos os meus irmãos para conhecerem os Pokémon de lá. — Brock brincou.

— Com o tanto que sou ocupada em Kanto, é mais fácil eu aguardar por sua visita. — Misty riu, fazendo o amigo rir também.

— Faça uma boa viagem, Tracey! Nós nos veremos em breve. — Ash apertou a mão do amigo e, assim, os heróis se despediram novamente.

Rumo a Sinnoh; Ash, Brock e Misty ouviam a canção de Victini em suas cabeças e seguiam determinados para suas próximas vitórias.



Continua no próximo episódio...



Cena pós-créditos:

Em uma lanchonete, em Kanto, Lance e Bianca estavam sentados à uma mesa, com o campeão acompanhado de Dragonite.

— Perdão por ter feito você esperar tanto. — Lance pediu, com certa seriedade.

— Latias já pode voltar comigo para Alto Mare? — Bianca perguntou.

— Faremos a viagem com você, só para garantir que chegarão em segurança. — Lance esboçou um sorriso.

O Rotom Fone roxo-escuro do campeão começou a tocar, o que o fez atender a ligação.

— Lance. — Chamou uma voz cansaçada.

— O que houve? — O campeão olhou para Bianca, já esperando uma notícia ruim.

— Eles a pegaram. Eles a pegaram. — A pessoa do outro lado da ligação começou a tossir.

— Quem? — Lance perguntou com certa urgência.

— A Equipe Rocket levou Latias! — Gritou o agente, seguido de um som de explosão que finalizou a ligação.

Deixando o Rotom Fone cair no chão, Lance encarou Bianca sem saber como a contaria o que acabou de ouvir. A única certeza que tinha era que a base deles não era mais um local seguro, talvez nem mesmo com vida...


Sobre Ersj
anos, Recife-PE, tem Pokémon como a sua franquia preferida desde os 7 anos. Sua mídia favorita é o anime, seguida dos jogos da saga principal e de Pokémon Go. Ama livros e séries, principalmente de fantasia; os filmes que mais assiste são animações, e “Imagine Dragons” é a banda pela qual tem maior apreço. Seu Pokémon predileto é o Pikachu e seu maior sonho é se tornar um escritor.
E-mail: ersj@pokemothim.net

2 comentários:

  1. Mais uma ótima reescrita! Adoro como você conecta personagens que nem cogitei que poderiam participar desta aventura. Muito bom mesmo. E a cena pós-créditos já vai preparndo o terreno para o que imagino ser o ep 10. Adorei! Abraço.

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  2. Muito obrigado! Eu queria muito que o Tracey estivesse no episódio do Lapras, já que ambos marcaram as Ilhas Laranja. E como Juniper e Carvalho trocaram algumas ideias, achei que seria uma ponte plausível.
    Sobre a cena pós-créditos, é exatamente isso. Vez ou outra, darei uma atualizada assim na situação da Latias, para que fique mais fácil entender aonde as coisas chegaram nos eps finais.
    Agradeço novamente! ^-^

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