Há quase dois anos, fiz uma postagem analisando a suposta conexão entre o filme/livro "O Grande Gatsby" e a luz verde que surgiu após o reencontro de Ash e Serena, ná série Pokémon Jornadas. Acontece que, vendo a fundo, o significado da tal iluminação esverdeada não simbolizava que os protagonistas de Pokémon XY terminariam juntos, como muitos acreditaram. Na realidade, até o fim da obra sobre o Gatsby, o significado chegava a ser bastante pesado, o que indicaria o completo oposto a respeito do desejado (ou não, haha) final feliz de Ash e Serena. Para melhor entender a teoria, basta clicar nesse título azul: A Verdade Sobre a Luz Verde: Fim do Amourshipping?
Contudo, meus caros trovõezinhos, dois detalhes nunca fizeram sentido para mim nessa vertente, mesmo que tenha muitos pontos que encaixam perfeitamente. O primeiro deles é: porque raios o anime faria uma referência a O Grande Gatsby? Certo, os roteiristas podiam ter pensado em usar a luz verde da obra para dizer discretamente aos fãs que o casal nunca seria real, já que significa um sonho ilusório que jamais será alcançado, embora pareça que sim. Ainda assim, porque eles resolveram usar isso como referência? Poderiam utilizar qualquer coisa, mas justo uma história estadunidense que critica o idealizado sonho norte-americano?
O segundo pensamento que ficava em minha cabeça e me parecia impossível é: tendo Jornadas arrumado uma forma de nos despedirmos de todos os queridos companheiros de viagem do Ash, na vez da Serena colocariam um simbolismo tão pesado a ponto de significar que vai morrer acreditando que casará com o Ash, sem que isso nunca aconteça? Eu não sei vocês, mas, para mim, não é assim que se homenageia um personagem querido, ainda mais quando se quer dar um "desfecho" bonito para ele. E, que fique claro, o problema não é a Serena não ter o Ash como par romântico no futuro, mas sim o anime – supostamente – dar a entender que ela vai passar o resto da vida esperando por isso, ao invés de se envolver com outra pessoa ou mesmo seguir a vida dela solteira mesmo.
Foi então que, entre várias pesquisas sobre luzes verdes, acabei conhecendo o romance "O Raio Verde" (1882), do escritor francês Júlio Verne, considerado por muitos o inventor do gênero de ficção científica. Em 1986, foi lançado um filme de mesmo nome, inspirado no livro, mas mudando a história e os personagens, até por não ser uma adaptação. De qualquer forma, usarei as imagens do longa-metragem, enquanto faço uma análise do livro, esclarecendo porque, solucionando os dois problemas da teoria anterior, acredito ser essa a verdadeira mensagem que quiseram passar no reencontro de Ash e Serena!
No início da obra, os irmãos Samuel e Sebastião Melvill, da escócia, planejam o casamento ideal para a sua sobrinha, criada por eles, por seus pais terem morrido quando a garota era muito jovem. Alcançava os 18 anos e nada melhor do que casar com um rapaz inteligente, simpático, endinheirado, de boa família e respeitoso: Aristobulo Ursiclos. Porém, para a surpresa dos tios, embora não tivesse nada contra o pretendente, Helena Campbell, nossa protagonista, revelou a eles que não pretendia casar, pelo menos até que visse o raio verde, o qual conheceu numa matéria de jornal, sendo o raríssimo último raio solar no pôr-do-Sol. Para garantir o casamento, Sam e Seb se prontificam a levar a sobrinha até Oban, cidade escocesa com bela vista para o mar, embora sua motivação secreta tenha sido mais por Aristobulo estar por lá.
No meio do caminho marítimo, Helena incentiva o capitão do barco à vapor em que estava a ajudar dois homens que eram sugados por um redemoínho, na sua pequena embarcação a remo. Enquanto o mais novo remava bravamente para salvar suas vidas, a dupla foi resgatada, graças às súplicas de Miss Campbell, embora não tenha levado ou se dado os créditos. Quando chegam a Oban, ao encontrar Aristobulo e não achar boa vista para o mar, Helena se mostra inconformada com as tramoias dos tios. Por sinal, Aristobulo julga o desejo da jovem de conhecer o raio verde como infantil e fruto do "cérebro reduzido das mulheres"... Ainda assim, a jovem aguarda os dias de nevoreiro ao pôr-do-Sol passarem para que possam ir à ilha Seil, a sudoeste de Oban, e tentar realizar seu sonho.
Enquanto os dias de névoa não cessavam, Helena fazia passeios nas procuradas praias da baía de Oban, secretamente esperando encontrar o rapaz que havia sido salvo graças a ela. Relembrava seu ar risonho e tranquilo, depois de ser resgatado, como se nem tivesse beirado a morte. Em certo dia de céu limpo, até foi a ilha Seil, mas, de última hora, uma núvem cobriu o pôr-do-Sol e impediu a jovem de avistar o desejado fenômeno. De volta a sua espera, Helena descobre, por meio da sua governanta, Bess, e do servo, Pratridge, que o marinheiro salvo por ela ainda está pelas redondezas.
A convivência com Aristobulo só deixava Helena mais entediada com seus monólogos e esnobismo, sendo o ápice quando aceitou fazer dupla com ele em um jogo de croquet contra seus tios. Por saber que gostavam muito do jogo, a jovem pediu para que Aristobulo os deixasse ganhar de propósito, algo negado, por gostar de se provar o melhor. Contudo, mesmo sem que tivesse aceitado o pedido e não admitindo que Helena jogava bem melhor que ele, o sabichão perdeu, arrumando desculpas contínuas para o seu mal jeito. Fingindo raiva pela derrota, a jovem tacou a sua bola para longe com tamanha força que saiu dos limites da praia, atingindo o cavalete de um artista que buscava representar a vista do mar. A tela ficou toda borrada de verde e, ao se aproximar e se desculpar, Helena percebeu ser o náufrago que tanto habitava os seus pensamentos.
Olivier Sinclair era um bonito e jovem escocês criado pelo tio, por ter perdido os pais muito cedo, assim como Helena. Aos vinte e seis anos, além de ter cursado a universidade, viajou por diversos países, sobre os quais publicou apontamentos, mas se destacava ainda mais na pintura e poesia. Apesar da beleza, educação e instrução, Olivier nunca havia se envolvido com nenhuma moça, devido ao gosto pela vida de solteiro e de viajante. Enquanto Helena reconheceu imediatamente o rapaz, Olivier não retribuiu, mas fez questão de, com muita simpatia e riso, tranquilizar a jovem e seus tios de que aquele acidente era besteira. O artista se apresentou e contou estar hipnotizado pelas cores do oceano quando foi pego pelo redemoinho, ignorando os avisos do senhor que o alertava. Ao saber sobre o raio verde, Olivier logo desenvolveu o desejo de conhecê-lo junto a Helena, principalmente ao descobrir que foi ela quem o salvou, podendo ter dado atenção ao pôr-do-Sol que acontecia naquele dia.
Sam e Seb não apenas se encantaram com o jeito alegre de Olivier, como descobriram que seu tio foi um antigo íntimo deles. Passaram a esperar juntos, todos os dias, pelo raio verde, enquanto Aristobulo fazia pesquisa em uma ilha próxima. Quando o céu estava limpo o suficiente para verem o pôr-do-Sol no mar perfeitamente, de novo na ilha Seil, o quarteto teve a surpresa de um pequeno barco à vela passar bem no momento final do último raio luminoso, tapando a vista. Para a maior raiva de Helena, tratava-se justamente de Aristobulo, voltando da sua viagem, a quem não poupou demonstrar sua insatisfação.
Ainda determinado a conhecer o raio verde e compensar Helena, Olivier descobre que Aristobulo é seu futuro noivo. A antipatia entre os dois foi imediata, apesar de sútil, já que um se tratava de um pintor fantasioso, enquanto o outro um devoto à ciência. Pior ainda foi quando Aristobulo notou toda atenção que Helena dava a Olivier, mas permaneceu quieto. Dado os constantes fracassos, o pintor sugere que sigam para a ilha Iona, onde devem ter mais chances de ver o pôr-do-Sol perfeito, prometendo ainda que, caso não consigam mesmo, viajarão o mundo atrás daquele raio. Contudo, observando Helena e Olivier tão empolgados falando sobre o amor que sentiam pelo mar, Aristobulo decide se juntar a eles na ida até Iona. Lá, o pretendente da protagonista se mostrava o único incomodado com a falta de conforto, inclusive em como Bess e Pratridge se sentavam à mesa com o resto deles, ao contrário de Olivier, que havia se afeiçoado bastante aos dois.
Enquanto aguardavam pelo pôr-do-Sol perfeito, ao longo dos dias, Helena observava Olivier pintar, ou, então, os dois seguiam conversando pelas praias mais remotas, pisando nos sargaços. Sam e Sib percebiam que Aristobulo e Olivier se evitavam o máximo possível, enquanto o pintor conquistava no coração da sua sobrinha tudo que o cientista não conseguia. Quando visitaram as ruínas de Iona, a desavença entre Helena, Olivier e Aristobulo apenas aumentou, diante da sua intolência em relação às crenças escocesas e olhar poético dos dois que buscavam o raio verde, assim como dos tios da jovem. Em outra ocasião, o pintor chegou a salvar Aristobulo de uma queda, mas, naquele mesmo fim de tarde, o cientista deu tiros de espingarda que fizeram inúmeras gaivotas voarem assustadas, tapando a visão de Helena bem quando finalmente veria o raio verde.
Farta, Helena decidiu que deixariam Aristobulo para trás. Seguindo outra indicação de Olivier, para partirem para a ilhota Staffa, o grupo saiu em segredo, durante a madrugada, no iate do capitão John Olduck. Exploraram a ilha com bastante entusiasmo, mas descobriram que uma tempestade devastadora se aproximava. Assim, liberaram o capitão para deixar Staffa e a dupla ansiosa pelo raio verde decidiu que visitaria a Gruta Fingal. No dia em que a tempestade atingiu a ilhota deserta, Helena havia desaparecido, o que fez Olivier ir buscá-la, achando que estava presa na gruta, visto que a maré tinha subido violentamente. Remando em um barquinho, o pintor adentrou o lugar, por pouco não morrendo. Lá, achou Helena, que havia se escondido em uma cavidade, pega de surpresa pelo avançar do oceano. Contudo, a maré continuava a subir e as ondas estavam prestes a pegá-los. Por horas e horas, determinado a pagar com sua vida por Helena já ter o salvado antes, Olivier usava seu próprio corpo como proteção contra as ondas, para defendê-la. Quando, finalmente, o mar passou a recuar um pouco, durante a madrugada, e a jovem estava desmaiada de exaustão, o pintor usou o que nem restava de suas forças para tirá-los dali, antes de também desmaiar.
No dia seguinte, Olivier se manteve solitário, certo do seu amor por Helena, principalmente depois de terem passado tantas horas desafiando a morte juntos. No entanto, não estava disposto a falar nada. Assim que notou como o céu estava limpo, todavia, o pintor correu até os demais e os chamou para assistir o pôr-do-Sol daquele dia. Diferente de como esteve durante toda a sua jornada, Olivier observava exageradamente quieto a beleza da jovem. No tão aguardado momento, enquanto Seb, Sam, Bess e Pratridge gritavam animados ao finalmente conhecerem o raio verde, Helena e Olivier se viraram um para o outro no exato instante, encontrando ela os brilho negros das suas íris, e ele o brilho azul das dela. No fim, a dupla se casou e o pintor fez uma famosa obra daquela luz esverdeada que nem mesmo chegou a ver, mas, nas palavras de Helena, a felicidade garantida pelo raio eles já haviam conseguido de outra forma, deixando-a para os que ainda queriam conhecê-la.
No filme de Éric Rhomer, de 1986 – que é bem diferente, embora se inspire no livro e até o mencione diretamente – Delphine tem seu noivado com Jean-Pierre terminado, o que a deixa inquieta quanto à aproveitar o seu mês de férias sozinha. Entre tentativas fracassadas de viagem, a moça é tomada por solidão e sempre retorna a Paris, até que conhece, na estação de Biarritz, um rapaz (Jacques) que parece mais interessado nela pelo livro que lê do que por seu corpo, diferenciando-o dos demais. Juntos, eles vão para Saint-Jean-de-Luz e observam o raio verde. Como disse, esse material foi usado nessa postagem mais para ilustrar as passagens do livro do que para efeito de comparação em si, tanto por o filme não ser uma adaptação (apenas se inspira, e muda quase tudo, diga-se de passagem), quanto pela história original desenvolver de forma bem mais gritante o casal, enquanto no longa-metragem foi tudo muito rápido e incerto.
Vamos lá! Primeiro, já respondendo ao primeiro problema da teoria anterior, por que os roteiristas se baseariam no livro "O Raio Verde"? Simples, é uma história francesa, assim como a região da qual a Serena veio, Kalos, sendo uma referência que tem tudo a ver com ela. Porém, o recorte espacial não para por aí, uma vez que a história em si se passa no Reino Unido, que serviu de inspiração para Galar, região em destaque no anime, na época, e palco do torneio final do Campeonato da Coroação Mundial, sobre o qual Ash fala para a amiga estar participando. Então, conexões entre o livro e os personagens do anime não faltam, para além da própria referência ao raio verde.
Mas, indo além, podemos falar em semelhanças entre os próprios personagens. Primeiro que a nossa protagonista é a mulher do casal. Ash é o grande protagonista do seu anime? Sim, mas, no quesito Amourshipping, é óbvio que esse era um mini-arco protagonizado pela Serena. O Ash tem várias cenas de cuidado e carinho pela amiga, mas que não provam muita coisa, pois o herói costuma ser assim com todas as suas companheiras de viagem, ou pelo menos com a maior parte delas. Certo que com a Pokégirl de Kalos vez ou outra ele coça o nariz timidamente e tem o hábito de elogiar a sua aparência mais do que o habitual com as demais, mas o único indício explícito de algum sentimento romântico do Ash em relação a Serena, para além das confirmações dos roteiristas e do uso de imagens do ship oficialmente para simbolizar o Dia dos Namorados, é o brilho em seu olhar e a reação positiva ao beijo que recebe dela na despedida de Kalos. De resto, tudo é expeculação.
Apesar de ser introduzida apenas como uma jovem aparentemente rica e mimada pelos tios – além de ter personalidade forte por definir que só vai casar depois que realizar o seu desejo, o que é muita coisa para uma jovem mulher do Século XIX – Helena vai ganhando bastante caracterização com o decorrer da história. Quando se aproxima de Olivier e passa a ter mais diálogos, a jovem Campbell se mostra extremamente inteligente e poética, revelando-se uma grande amante da arte. E isso tudo tem a ver com a Serena, visto que todos os seus gostos – moda, culinária, dança, etc – são expressões artísticas, incluindo o seu sonho de Performer, a sua aventura pelos Concursos Pokémon e a possível atuação como Idol.
Tal qual como Serena, Helena é descrita como uma bela garota de olhos azuis e cabelos loiros, sem mencionar a semelhança entre os próprios nomes. Além da inteligência e amor pela arte, três destaques da personalidade da jovem Campbell que se assemelham com a garota de Kalos são: a bondade, que dispensa comentários; o jeito sonhador, que é literalmente o maior foco da garota em seu retorno, em Jornadas, dando continuidade à lição que aprendeu quando perdeu a Classe Mestra; e o seu esforço. Serena é dedicada e não mede esforços ou coragem para ajudar os seus amigos. Embora, no começo, Helena não mostre forças para negar por completo o casório planejado pelos tios, o decorrer do livro deixa bem claro que a protagonista toma as rédeas do seu destino, escolhendo exatamente para onde viajarão, com quem e não poupando discordar dos seus tios quando necessário, assim como a própria Serena no fim da sua jornada por Kalos, sendo os tios substituídos por Palermo.
Por parte do Olivier, o que mais chamou a atenção imediata da Helena nele foi a sua coragem e jeito amigável e risonho. Sempre se é traçado um parelelo ao descrever o personagem, entre o seu instinto aventureiro e a ingenuidade e doçura. Essa é a exata personalidade do Ash e o que faz Serena se apaixonar por ele, tanto quando ele a ajudou no Laboratório do Professor Carvalho, quanto quando o reviu depois de tantos anos se atirando da Torre Prisma para salvar Pikachu. Assim como Helena, o livro todo, pensava na coragem de Olivier como algo que a inspira, Serena se expressa da mesma forma ao longo de vários episódios, como em "Vendo a Floresta pelas Árvores!" e "Até Nós Competirmos de Novo!".
Nas duas situações de vida ou morte na qual Olivier é colocado, o personagem é retratado como sempre superando os seus limites e colocando a vida em jogo para salvar as pessoas com quem se importa. Esse é mais outro fácil paralelo que pode ser feito entre os personagens, sem contar a forma como saem dessas situações. Quando quase morreu pego pelo redemoinho e foi resgatado, o pintor mostrou uma alegria genuína e carinho com o senhor que se safou junto a ele, deixando Helena surpresa. Depois de uma das mil situações de perigo do Ash, uma das coisas mais comuns do mundo é ver ele abrir um sorriso para Pikachu, por estarem bem. Outro ponto é que ambos os personagens estão focados demais em suas viagens para pensar em namoro, até a aparição de Helena/Serena. Não que Ash tenha ficado pensando sobre isso depois. Kkkkk
Mais um paralelo? Nem Ash e nem Olivier reconhecem Serena/Helena quando se reencontram pela primeira vez. Inclusive, no próprio episódio de Jornadas, "Reunidos pela Primeira Vez!", o herói de Pallet não identifica a amiga ao passar correndo por ela, para entrar na embarcação. Os dois personagens também são descritos como tendo olhos escuros. Uma curiosidade extra é que, no quarto capítulo do livro, William Wallace é citado apenas pelo seu segundo nome, sendo ele um dos líderes da guerra de independência escocesa. Coincidentemente ou não, o ilustre Wallace também apareceu no episódio de retorno da Serena, em interação com o Ash.
Agora, vamos para os finalmentes: o breve reencontro de Ash e Serena em Lilycove. Para começar, essa cena, que é a final do episódio de retorno da Serena em Jornadas, tem como plano de fundo o pôr-do-Sol. A garota de Kalos se despede de Cloe e sua Eevee, estando acompanhada de Sylveon. Até aqui, já temos duas fortes referências: para além do pôr-do-Sol ser escolhido como cenário para o reencontro, Serena estava acompanhada apenas do Pokémon Entrelaçado (literalmente tendo dois laços como parte do corpo). Apesar de eu não ter mencionado, Helena era descrita sempre usando uma fita escocesa (snoody), que ela só perdeu na situação da gruta, que quase tirou a sua vida, pouco antes do desfecho do livro.
Dando prosseguimento, Serena presenteia a Eevee de Cloe; faz referência a Ash, dizendo que motivou a treinadora novata como os amigos a motivavam antes; e revela que recebeu um convite de Elisia para se tornar Idol. Ao se despedirem e Cloe ir para a embarcação que a esperava, Ash e Goh chegam correndo, sem que o herói note ter passada pela antiga companheira de viagem, agora vestida de forma diferente. Porém, Serena o reconhece e chama por ele. Os dois amigos ficam contentes em se ver, mas
o barco anuncia a partida, obrigando-os a se despedir. Ash conta que se tornará o treinador mais forte do mundo, enquanto Serena reafirma seu objetivo primordial de ser a melhor performer.
Ambos prometem torcer um pelo outro, enquanto o barco some em direção ao pôr-do-Sol. Importante destacar que, pouco antes, como dá para conferir na imagem ao lado, o episódio literalmente foca na estrela flamejante, para deixar mais do que claro que o Sol está se pondo na água e merece atenção.
Aqui tem a última e mais grandiosa referência, que, de acordo com essa possível e mais provável inspiração, ganha outro patamar. As crenças de Helena a respeito das lendas do Reino Unido contam que quem ver o raio verde jamais poderá se enganar quanto aos seus sentimentos, pois a luz destrói as ilusões e faz a pessoa ver a clareza no seu coração e no dos outros. Ele garante a verdeira felicidade. Porém, no fim do livro, nem Helena e nem Olivier veem a luz, porque eles são atraídos um pelos olhos do outro: os olhos azuis dela e os olhos negros (castanho-escuros) dele. No anime, nem Ash e nem Serena dão atenção ao pôr-do-Sol, porque eles têm pouco tempo e tentam aproveitar o que tem, sendo dado foco aos seus olhos brilhosos, das mesmas cores destacadas no livro. Inclusive, é tocada uma das músicas temas dos jogos Pokémon X&Y, "Friends Forever", geralmente usada na série XY para cenas emotivas.
Como já pontuei, Helena percebe que tudo bem ela e seu amado não terem visto o raio verde, porque a felicidade garantida por eles já havia sido encontrada no olhar um do outro. Então, mesmo sem vê-lo, o casal havia alcançado nos seus olhos a felicidade prometida pelo fenômeno. Quando o Sol termina de se pôr e Ash está distante demais para Serena continuar a vê-lo, no cais onde a Performer observa acendem luzes verdes. Ela e Ash conseguiram enxergar com clareza os sentimentos no coração um do outro, por isso surgiu a luz verde, ainda que não pudessem ficar juntos. Isso justifica ainda porque a Pokégirl de Kalos deixou o pier tão segura e satisfeita, mesmo que Sylveon tenha mostrado se preocupar em como estava se sentindo com aquela despedida repentina. Então, se essa for a real inspiração – e acredito muito ser – a equipe de Jornadas não só não tentou acabar com o Amourshipping como reafirmou a confirmação da equipe da série XY.
Chegamos ao fim! Mais uma postagem que precisou de bastante pesquisa e fiz em um único dia! Na realidade, precisei de mais um para ver o filme e pegar as imagens dele. Ainda assim, deu um trabalhão desenvolver isso rápido, mas tinha que aproveitar a minha folga e espero que tenham gostado! Particularmente, amei ler o livro e enxergar esses paralelos entre Ash/Olivier e Serena/Helena. A teoria do Gatsby é boa, mas tem furos e dá um desfecho desnecessariamente ruim a personagem. Por outro lado, essa é bem mais plausível pela referência francesa, paralelo físico e de personalidade dos personagens e por simbolizar um final romanticamente feliz que condiz muito mais com o uso da música tema no fundo. Por favor, adoraria saber o que acham e se faz sentido para vocês! Lembrando que gostar do ship e achar que a referência é plausível são coisas totalmente diferentes, por isso vamos pegar leve nos comentários!
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Fonte: a viúva de Kalos da pokemothim que teoriza Brock e Misty como um futuro casal kkkkkkk
ResponderExcluirMoça, melhore. Kkkk Tem uma análise toda que foi feita em horas, e que eu tenho certeza de que você mesma poderia fazer (ou não...), para você vir aqui e se dar o trabalho de fazer um comentário desses.
ResponderExcluirNão vou me justificar de novo sobre coisas que são óbvias (ou eram para ser), mas, por algum motivo, mesmo eu tendo literalmente escrito, o seu cérebro NÃO QUIS captar. Porque, sinceramente, embora pareça, não acho que você tenha alguma limitação mental, é só implicância mesmo. Ainda assim, deve ter sido bem difícil passar tanto tempo sem uma postagem minha, né? Preciso voltar a ser mais frequente para ver se você, de tanto comentar, aprende a argumentar plausível e descentemente, pelo menos com o mínimo de educação, ao invés de vir aqui e soltar uma bomba clichê dessa. Kkk Você poderia simplesmente ter comentando que não via dessa forma e explicado seu ponto. A gente faria um troca superbacana, mas não, você não tem um pingo de maturidade e recorre logo para piada, evidentemente por ser hater do ship (e que se exploda, você não tem qualquer obrigação de gostar, mas eu não tenho nada a ver com os seus sentimentos em relação a isso). Bem, como eu não tenho mais tempo nem disposição para ficar respondendo as pessoas que vem nas minhas postagens para fazer esse desserviço, esse é o único (se é que você não é alguma das pessoas que faziam isso por outras contas) e último palco que te dou. Por fim, reafirmo o meu pedido: melhore. ♥️
Eu acho que você deveria deixar seu ódio de lado em algumas coisas e saber INTERPRETAR UM TEXTO e é um personagem de Kalos PÔR QUE IA TER REFERÊNCIA A KANTO? não faz sentido nenhum e pasme você não tem que aceitar nada só respeitar
ResponderExcluirvcs parecem ter uma epifania quando mencionam Ships diferentes diz mais sobre você do que sobre quem apoia ou não o ship (o que não é o caso do escritor do post) SÓ UMA ANÁLISE
nenhum casal foi confirmado sossega o facho
eu já vi muitas análises da Pokémothim analisando episódios de XY durante a estreia que eles criticaram muitas coisas da narrativa uma pena que você não estava na época e essa sua cabeça não consegue processar análises imparciais
Acho que essa questão de Kanto que ela citou é por conta que eu reescrevi o especial final de 11 episódios do anime do Ash, mostrando como faria para atender todos os fanservices que os fãs queriam. Lá, no episódio 11, Ash passa em Kalos rapidinho e reencontra Greninja, Serena e Diantha. Na época, eu recebi críticas dos haters da Kalos, reclamando que deixei os personagens de Kalos para o último e mais importante episódio. Sendo que isso foi pura birra, primeiro porque o episódio mais importante foi o 10, e eu literalmente deixei isso bem claro na introdução dele; segundo porque eu deixei a Serena e o Greninja para o último episódio justamente porque metade do episódio deveria ser Ash voltando para Kanto e se despedindo de Misty e Brock. Precisava que o amigo a retornar no episódio final fosse alguém que não pudesse ter muita participação, o que encaixou muito bem com Serena, já que Ash e ela não podem ter muito tempo juntos enquanto ainda tem 10 anos, para evitar a conversa sobre o beijo. Kkk Mesmo se eu achasse Serena a personagem mais importante do mundo e quisesse ela no episódio final, seria a minha opinião, e esse pessoal teria que aceitar. Mas, o pior é que nem foi isso. Como disse, Serena era o antigo companheiro de viagem que mais encaixaria em um episódio que teria que dar uma participação curta. Só por isso deixei ela no episódio final, mas até hoje os haters se sentem incomodados com isso, dando suas próprias justificativas loucas. Não superam a popularidade de Kalos e ficam dando show em qualquer oportunidade. E, de acordo com eles, o doido por XY ainda sou eu. Kkkkk Ai, ai...
ResponderExcluirBem, é melhor não dar corda para o comentário dela, mas, de qualquer forma, eu agradeço pelo seu apoio. ;)
Cacilda que textão! Parabéns pela pesquisa absurda. Pra mim é verídico.
ResponderExcluirMuito obrigado!! Às vezes, eu me empolgo escrevendo. Kkkk Mas, fico muito contente que tenha gostado! ^-^
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